Qual a diferença do gás natural para o gás de cozinha?

Quando se trata de combustíveis, existem várias opções no mercado, cada uma com suas próprias características e aplicações. Dois tipos comuns são o gás natural e o gás de cozinha, que também é conhecido como GLP.

Apesar de ambos serem usados para gerar calor, há diferenças significativas entre eles, envolvendo sua composição, uso, instalação e até mesmo preocupações de segurança.

Entender a diferença entre esses dois tipos é fundamental para planejar o uso, seja no seu lar ou no seu negócio. Por isso, continue a leitura! Neste artigo vamos explicar a diferença entre o gás natural e o gás de cozinha.

O que é gás natural?

O gás natural é um combustível fóssil encontrado no subsolo, em reservatórios e jazidas de petróleo. Seu processamento é realizado nas Unidades Processadoras de Gás Natural (UPGNs). É principalmente composto de metano, mas pode conter pequenas quantidades de outros gases.

Para ser usado, é extraído por meio de perfuração e transportado em tubulações subterrâneas para casas e empresas. É conhecido por ser uma fonte de energia limpa e eficiente, sendo utilizado para:

• aquecimento de residências e prédios comerciais;
• geração de energia elétrica;
• cozimento;
• combustível para veículos movidos a gás natural comprimido.

O que é gás de cozinha?

O gás de cozinha, ou GLP (gás liquefeito de petróleo), é uma mistura de hidrocarbonetos leves derivados do petróleo. É produzido a partir da separação do petróleo bruto durante um processo chamado refinamento e é armazenado em estado líquido em cilindros ou tanques, comumente chamado de botijões. É usado principalmente para cozinhar alimentos em residências e restaurantes.

Além disso, também é utilizado em:

• processos industriais;
• empilhadeiras;
• fabricação de vidro.

Veja também: Para que Serve o Gás Industrial? Veja como Utilizar

Principais diferenças entre o gás natural e o gás de cozinha

As diferenças entre o gás natural e o gás de cozinha englobam:

• composição química;
• armazenamento e distribuição;
• custo-benefício;
• segurança;
• regulamentação;
• capilaridade.

Composição química

A principal diferença entre o gás natural e o gás de cozinha é a sua composição química. O gás natural é composto principalmente de metano, enquanto o gás de cozinha é composto de uma mistura de hidrocarbonetos leves, incluindo propano, butano e outros gases. 

Armazenamento e distribuição

O gás natural é transportado por meio de tubulações e distribuído diretamente para as residências e empresas conectadas à rede de gás natural. Já o gás de cozinha é armazenado em cilindros ou tanques e distribuído por meio de caminhões ou vans para serem entregues nas residências.

Isso acontece porque o gás natural não pode ser transformado em líquido e, por isso, tem grande volume (ocupa mais espaço). Isso atrapalha o transporte em recipientes, então o encanamento é uma via mais prática.

Sua distribuição é feita por concessionárias de gás, como:

• Comgás;
• Naturgy;
• MSGÁS;
• Sulgás;
• Cegás.

Já o GLP, como dissemos, é colocado em botijões em estado líquido. Essa mudança de estado é possibilitada pela pressão, preservada também no interior dos cilindros. Sua distribuição ocorre em pontos de venda autorizados e espalhados pelo país.

Custo-benefício

Os preços do gás natural e do gás de cozinha são determinados pelo mercado e podem variar de acordo com a oferta e demanda. No entanto, o gás de cozinha costuma ser mais caro do que o gás natural, uma vez que o processo de refino e armazenamento é mais caro do que o transporte por tubulações.

Contudo, a produção de calor gerada pelo GLP é bem maior. Nesse sentido, seria necessário usar mais GN para atingir os mesmos resultados, porque ele tem menos eficiência energética. Por isso, em geral, o custo-benefício do gás de cozinha tende a ser menor.

Segurança

Ambos os tipos de gás podem representar riscos à segurança se não forem manuseados corretamente.

No caso do GLP, é possível que haja vazamentos. Como o produto é inflamável, qualquer faísca pode gerar um acidente. Portanto, é fundamental cuidar bem do seu botijão de gás e estar atento a sinais de vazamento, como o cheiro característico do gás de cozinha.

Saiba mais: 4 cuidados ao manusear o GLP

O gás natural também pode gerar vazamentos, mas é mais comum que eles ocorram fora de casa, em algum momento do encanamento. Isso pode gerar desperdício, além de também ser inflamável e produzir componentes tóxicos.

Regulamentação

Falando em segurança, é preciso estar atento aos órgãos que regulamentam o uso de gases combustíveis.

• GLP: sua instalação é regulamentada por normas técnicas específicas, e requer autorização da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), além de inspeções regulares e manutenção;
• gás natural: a regulamentação é feita pelas normas da concessionária de gás local e também exige inspeções e manutenções regulares.

Capilaridade

Para que o gás natural esteja disponível, é necessário que haja um projeto de rede canalizada para distribuir o combustível em ruas e cidades. Por isso, é bastante comum encontrar locais que não contem com acesso a ele, sendo uma opção geograficamente restrita.

Por outro lado, o GLP pode ser transportado facilmente por rodovias e estradas. Dessa forma, é um combustível bastante acessível, sendo usado tanto nos maiores polos urbanos quanto em pequenos municípios interioranos do país.

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